terça-feira, 27 de abril de 2010

Pequenos nadas

Terminámos a nossa participação no Campeonato de S. Miguel de Escolas, no passado fim-de-semana, em Água de Pau. Apesar da temporada já ir longa, ainda não é tempo de balanço, até porque já se avizinha novo confronto, desta feita para a Taça de S. Miguel. A conclusão do trabalho será feita a seu tempo, com calma e ponderação. Muito haverá para dizer, certamente, mas a seu tempo.
Frente ao Santiago, voltámos a ser bravos, talvez até, e porque não dizer, bravissimos.
Diga-se o que se disser, uma coisa é certa: motivação nunca faltou a esta equipa. A cada jogo, os meninos e a equipa técnica aparecem com a ambição renovada. O resultado anterior, tenha sido ele bom ou mau, passa para segundo plano. Cada partida é encarada como mais uma oportunidade para mostrarmos tudo o que de bom temos.
No sábado, entrámos bem no jogo. Seguros, dominadores em alguns momentos, e a jogar bom futebol, algo que tem acontecido semana após semana. Não fossem algumas falhas na finalização, lá teríamos ido, sem surpresa, para a frente do marcador.
Com o João seguro nas redes, o Tomás e o Gonçalo Cabral certinhos na marcação, o Hugo numa constante roda viva no meio campo, as despesas do ataque ficavam para o João Martins, para o Henrique e para o Lucas. Ao longo do primeiro tempo, viram-se boas triangulações, em futebol apoiado, jogadas pelas linhas, e excelentes tabelinhas (o famoso 1-2) que, em grande parte dos casos, deixaram os atletas do Santiago às aranhas. Em alguns momentos sofremos, mas isto faz parte. Quando decorria o minuto 15, entrou o Gonçalo Gomes para missões defensivas, e que bem ele esteve, apesar do pouco treino que tem no desempenho da função.
Foi bom o que se viu. O resultado ao intervalo era justo. O empate a zero bolas premiava o esforço dos nossos "meninos".
No segundo tempo, talvez devido ao cansaço, foi mais penoso. Chegámos menos vezes à baliza do Santiago, mas defendemos como gente grande. Acabámos por sofrer um golo devido a um erro tão próprio de quem tem oito anos. Não é por aí que vem mal ao mundo. Uma palavra para o Gustavo: tem sido pouco utilizado, por diversos motivos, mas é um menino que encara os poucos minutos que joga com grande vontade. É bom sentir isso. Certamente, mais oportunidades surgirão.
Garantimos o que interessava. Mais uma vez, saímos de cabeça erguida. Fomos educados com o adversário e com o árbitro. Enfim, demos mais uma excelente lição de como se deve estar num campo de futebol. Como temos dado sempre. Este grupo merece tudo e com ele dá gosto estar. São cada vez menos, é verdade, mas são amigos todos os que estão e os que já saíram. O objectivo era este. Criar laços e, ai meus amigos, como eles foram criados.
O resto de pouco importa. A seu tempo, as vitórias e os títulos irão surgir. Sempre foi assim, porque não será com estes também?
A força, o querer e a atitude estão lá. Falta mais experiência, mais força física e uma ou outra coisa. O mais importante, contudo, está lá. E que bom é vê-lo treino após treino, jogo após jogo.

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