quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oficial: jogo em Santo António às 13h00

Já saiu o comunicado oficial da Associação de Futebol de Ponta Delgada. O nosso jogo está marcado para sábado, às 13h00, em Santo António, frente à equipa local.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Jogamos em Santo António às 13h00

Apesar de sermos nós a receber, o jogo frente ao Santo António, do próximo sábado, será realizado no Campo das Figueiras, ou seja no terreno do adversário. A partida está marcada para as 13h00. O local do jogo deve-se ao facto do Jácome Correia estar ocupado ao longo de todo o sábado. A informação carece ainda, contudo, de confirmação por parte da Associação de Futebol de Ponta Delgada.

Trabalhar para o Santo António

Estamos a nos aproximar, a passos largos, para o final de mais uma fase do Campeonato de S. Miguel. Neste momento, faltam dois jogos: Santo António e União Micaelense.
O primeiro, frente à equipa das Capelas, é já no próximo sábado. Será, à semelhança de todos, mais um desafio difícil. Falo, mais uma vez, de uma equipa A, o mesmo é dizer, de última época. Na primeira volta, em Santo António, empatamos a três golos, mas poderíamos ter ganho, sem qualquer tipo de dúvida.
Desde então, a nossa equipa evoluiu e muito. Temos feito jogos muito mais equilibrados, em que temos apresentado, em alguns momentos, excelentes momentos de futebol. No passado fim-de-semana, na Ribeira Grande, isto foi mais do que visível, mormente na primeira parte.
Sábado teremos de manter a mesma atitude, o mesmo querer de vencer. Foi assim com o Botafogo, lembram-se?
Lutámos, sofremos, defendemos quando tínhamos de o fazer, atacámos pela certa, e o resultado foi o que se viu. Ganhámos com toda a justiça, perante o olhar incrédulo de alguns que até nos vieram dar os parabéns no final. Agora, terá de ser igual. Ninguém pense que a vitória são favas contadas. Não é esta a nossa postura. Todas as vitórias foram alcançadas com muito suor e brio e, frente ao Santo António, o empenho terá de ser o mesmo.
Se assim for, vamos estar mais perto de ganhar. Caso o consigamos, acabaremos a série sem estar no último lugar, naquela que será uma classificação excelente para um grupo de "meninos" que, em grande parte dos casos, começou a jogar futebol de competição esta época. Vamos lá malta!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cada vez mais perto

O melhor que se pode dizer sobre o jogo do passado sábado, frente ao Sporting Ideal, é quem viu a partida não reparou certamente que uma das equipas luta para vencer a série (Sporting Ideal), enquanto outra (Santa Clara) dá os primeiros passos nesta coisa chamada futebol de competição.
Em grande parte do jogo, as equipas equivaleram-se, o equilíbrio foi a nota dominante e o marcador podia ter funcionado para qualquer dos lados. A comprovar o que está escrito, refira-se o incómodo que os nossos "meninos" já vão proporcionando aos seus adversários. Este facto foi facilmente visível através da postura dos treinadores, dirigentes e público afectos ao Ideal que, em grande parte do jogo, estiveram claramente preocupados. Aliás, algumas atitudes, que claro ficam para quem as toma, não foram próprias de alguém que está ligado à formação. Mas, enfim...
Pode ser que, algum dia, que vejam os seus atletas a serem constantemente derrubados e magoados pensem no que nós sentimos semana atrás de semana.
Voltemos então ao jogo. O Ideal luta pela vitória nesta série com o União Micaelense, tendo inclusivamente ganho à equipa de Ponta Delgada por duas bolas a uma, recentemente.
Sabíamos que ia ser um desafio difícil, mas da forma como nos temos apresentado, tínhamos a certeza de que não íamos à Ribeira Grande para ser goleados.
Na primeira parte, enquanto jogámos a favor do vento, tivemos momentos em fomos claramente superiores. Voltámos a criar oportunidades, jogámos pelas linhas e fomos, a todos os níveis, quase perfeitos. Até podíamos ter ido para a frente do marcador não fosse o árbitro ter feito vista grossa a uma clara grande-penalidade cometida sobre o Lucas. Enfim, errar é humano.
Chegámos ao intervalo empatados. O incómodo do adversário era mais do que evidente, e por isso sabíamos que íamos sofrer, e muito, na segunda parte.
Foi o que aconteceu. A jogar contra o vento tornou-se mais evidente a diferença física entre as duas equipas. Mesmo assim, fomos aguentando. No entanto, aos 36 minutos, uma desatenção de todos deu origem ao primeiro golo do Ideal e, quatro minutos depois, sofremos o segundo. Apesar de tudo, continuámos a lutar e saímos do campo de cabeça erguida. Os aplausos do público da Ribeira Grande aos nossos "meninos" são a prova de que esta equipa já é respeitada. Já ninguém joga com o Santa Clara com a sensação de que a vitória está no papo. Não. Para nos ganharem têm de lutar e muito e isto, para uma equipa que há uns meses levava dez ou mais golos em alguns jogos, já é uma enorme vitória. Mais uma vez, estão de parabéns os atletas, sim porque é para eles que cá andamos. Bem malta, a vossa postura e atitude foi excelente, novamente.
O Santa Clara alinhou com: Rui, Ronaldo Mendes, Gonçalo Cabral, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas.
Jogaram ainda: João Cunha, Tomás Botelho e Gustavo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Façam um esforço

Faltam cerca de três meses para terminar a época, o mesmo é dizer que já levámos vários meses de competição. Esta situação é mais do que visível nos nossos "meninos". Por mais que eles gostem de jogar futebol, a verdade é que a carga de treinos e jogos é dura para atletas com idades que variam entre os oito e os dez anos. Se bem se lembram, no Natal paramos somente uma semana. Jogámos logo no fim-de-semana depois da passagem de ano, salvo erro, no dia dois de Janeiro. No Carnaval, por sua vez, nem paramos. Como tal, é fácil perceber que estes "meninos" têm sido sujeitos a um extremo esforço. A resposta tem sido, todavia, bastante boa. Ao olhar para eles, à primeira vista, parecem não estar cansados. Mas devem estar, digo eu. São longos meses de competição e isto custa a qualquer um, independentemente da idade.
Ao olhar para trás, e não quero ser repetitivo, vejo que foi dado um enorme salto qualitativo neste grupo. Agora, faltará o último "clique". Mas para que isto possa acontecer terá de ser feito um último esforço, por parte de todos nós (jogadores, técnicos, directores e até, por que não, pais). A época caminha para o fim. Infelizmente, este grupo não se irá manter todo junto para o ano, até porque há miúdos que subirão de escalão. Está então no momento de unirmos forças e fazermos um último esforço para que continuemos (todos) a progredir, caminhando para um final perfeito. Na retina deverá ficar a imagem de um grupo que evoluiu, que cresceu, que sabe jogar à bola (com dificuldades, claro), mas que apreendeu os princípios que lhe foram transmitidos. Depois do campeonato ainda teremos a Taça de S. Miguel e ainda há tempo para recordarmos esta época como o princípio de algo de bom.
Também nós responsáveis estamos em busca deste último esforço para que no final reforçamos a convicção de que valeu a pena. E valeu meus amigos. Pela parte que me diz respeito, e mesmo com o gosto que tenho pela escrita, por vezes é difícil exprimir os sentimentos que me inundam a alma quando estou junto deste grupo. A alegria é a mesma do primeiro dia, numa segunda-feira invernosa de Novembro quando, no Lajedo, comecei a trabalhar com estes "meninos". Já passaram uns meses, mas parece que foi ontem. Estamos ainda longe do fim de época, mas para mim já tudo valeu a pena.

Oficial: jogo com o Ideal é às 15h30

A hora do nosso jogo frente ao Sporting Ideal, no próximo sábado, já está confirmada pela Associação de Futebol de Ponta Delgada. A partida terá início às 15h30, na Ribeira Grande.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Já se pensa no Sporting Ideal

Regressamos à competição já no próximo sábado, frente ao Sporting Ideal, na Ribeira Grande. Será mais um jogo referente ao Campeonato de S. Miguel de Escolas que, em princípio, decorrerá às 15h30.
Esta partida não será certamente fácil. Neste momento, o Ideal segue em segundo lugar da nossa série e apresenta-se motivado depois de ter vencido, há duas semanas, o União Micaelense por duas bolas a uma. Na última jornada, a formação da Ribeira Grande foi vencer a Santo António por cinco tentos sem resposta.
Espera-se assim mais um jogo bastante difícil, principalmente tendo em conta que o Ideal está somente a três pontos do União, prosseguindo o objectivo de vencer o grupo. No entanto, e pelo que temos feito, existe ambição para chegarmos à Ribeira Grande e realizarmos um bom jogo. Na primeira volta, perdemos somente por duas bolas a zero, depois de termos chegado ao intervalo empatados a zero. Assim, com atitude e garra - palavras de ordem para este grupo - poderemos aspirar a conseguir dar luta a um conjunto servido por bons atletas. Basta querer malta! Se formos bravos, vamos conseguir vir da Ribeira Grande com o sentimento do dever cumprido, aconteça o que acontecer.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Parabéns malta!

O jogo do passado sábado, frente ao Botafogo, foi uma excelente demonstração de como miúdos com idades compreendidas entre os oito e os dez anos conseguem ser disciplinados e revelam um espírito de entreajuda a todos os níveis notável.
Tinha escrito que com atitude, querer e garra seria possível vencer o nosso adversário da Ponta Garça. Ao longo da semana de trabalho, que voltou a não ser das mais positivas, e nas palestras antes do jogo foi isso que foi pedido. Tínhamos de acreditar que era possível, e nas mensagens enviadas para o grupo foi isto que dissemos. Pelos vistos, a mensagem passou.
Fizemos um jogo bastante bom, à semelhança do que tem vindo a ser feito nas últimas partidas. A equipa esteve bastante bem em todos os sectores.
Entrámos extremamente bem no desafio. A jogar fechados, com a defesa a transmitir segurança ao meio-campo e ataque. Quando as coisas funcionam assim é mais fácil. Num jogo destes não seria justo estar a destacar prestações individuais (as análises atleta a atleta ficam para dentro do grupo). João Cunha, Rui Oliveira, Ronaldo Mendes, Tomás Botelho, Gonçalo Cabral, Hugo Laranja, Henrique Farias, João Martins, Lucas, Gonçalo Gomes e Gustavo (os atletas que foram a jogo) foram, todos eles, "grandes". Sofreram quando tiveram de sofrer, atacaram quando tiveram de atacar e deram mais um passo rumo à sua plena formação.
O Botafogo chegou a Ponta Delgada com a certeza de que ganhar seria uma mera formalidade. Não esperavam é que, da primeira para a segunda volta, a nossa equipa tivesse evoluído tanto.
Quando fizemos o um a zero foi o corolário lógico daquilo que se passava em campo. Mas, sábado, tivemos o condão de continuar em busca do segundo tento e acabamos por o fazer. No entanto, na resposta, e pouco tendo feito para isso, o adversário marcou. A equipa, como é óbvio, tremeu, mas não caiu. Continuou compacta, errou em alguns momentos como acontece nestes e noutros escalões, mas veio à tona. Rapidamente chegámos ao terceiro e sentia-se que o objectivo de vitória estava perto. Mais uma vez, criámos inúmeras oportunidades de golo, as quais voltamos a falhar. Depois, sofremos a bom sofrer. Tínhamos avisado os "meninos" que a sofremos o segundo golo, o Botafogo vinha para "cima" de nós. Foi o que acabou por acontecer. Todavia, foi neste momento que mais se sentiu o espírito de equipa. Todos os jogadores se uniram em torno de um objectivo: ganhar. Os que estavam em campo correram quilómetros, cortaram lances de perigo. Era ver o meio-campo e o ataque a defender. De fora, técnicos, dirigentes e os atletas que estavam no banco não paravam um minuto. Da bancada, as mensagens de incitamento davam ainda mais força. E pronto.
Acabava o jogo e os minutos seguintes são a delícia para quem trabalha com estes "meninos". A equipa juntou-se toda a comemorar. Eles gritaram, pularam e agradeceram a quem por eles puxou. Parabéns malta, com esta atitude vão ganhar mais vezes. A festa no balneário foi grande e, em sábado de Carnaval, as lágrimas do Pico da Pedra deram lugar aos sorrisos e à cantoria. Aproveito, a jeito de talhe de foice, para dedicar esta vitória ao Luís Lobo, que esteve castigado e viu o jogo da bancada. O triunfo é dele porque acreditou neste grupo. Formar é também isto: acreditar, motivar, ensinar, por vezes gritar e dar um ou outro raspanete. No final, todos os atletas saem mais bem preparados. Atrevo-me a dizer que esta equipa, ou estes jogadores, vão escrever páginas bonitas na história do Santa Clara.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Para ganhar!

Amanhã voltamos a jogar para o Campeonato de S. Miguel de Escolas. O adversário é, como sabem, o Botafogo, contra quem perdemos por sete bolas a três na primeira volta. Este resultado foi, contudo, enganador. Na Ponta Garça, em largos momento, fomos superiores, dominámos o jogo e podíamos de lá ter saído com outro score. Os erros cometidos acabaram por ser fatais, determinando a derrota. Agora, em Ponta Delgada, e já com mais umas semanas de treino, acreditamos que será possível ganhar. No entanto, mais do que os treinadores e dirigentes, quem deverá acreditar no seu valor são os atletas. A revelarem a atitude dos mais recentes jogos, o triunfo será certamente mais fácil. Vamos lá malta, a bola está do vosso lado. Se não ganharmos, não virá mal ao mundo, mas já agora, e fruto da nossa evolução, penso que seria importante e motivante vencer.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Difícil de entender!

Saiu esta quinta-feira o mapa de castigos referentes aos vários jogos, realizados no passado fim-de-semana, para o campeonato de S. Miguel, nos vários escalões.
No documento ficou a saber-se que o nosso técnico Luís Lobo foi castigado com dez dias de suspensão e com uma multa de 50 euros. Confesso que fiquei surpreso quando soube da decisão, principalmente depois do árbitro ter dito ao nosso delegado ao jogo (Paulo Farias) que nada ia mencionar no relatório. Quem assistiu ao jogo com o Vitória do Pico da Pedra seguramente viu que o Luís Lobo a única coisa que fez foi manifestar a sua insatisfação por algumas coisas que se estavam a passar em campo, nomeadamente uma falta duríssima que foi cometida sobre o Lucas, que não foi assinalada (o miúdo ficou no chão a contorcer-se com dores enquanto o jogo continuou a decorrer), que acabou por resultar no segundo golo do adversário. Para o árbitro, foi o suficiente para o expulsar, uma decisão, só por si, controversa quanto baste. Agora sabe-se que a sua decisão origina um castigo que em muito nos penaliza, já que o treinador não poderá estar no banco, no próximo sábado, frente ao Botafogo.
Curioso ainda é verificar que, apesar dos nossos alertas a indicar que haviam jogadores do Pico da Pedra sem caneleiras, nada foi aplicado ao referido clube. Saliento que nada nos move contra o Vitória do Pico da Pedra - até sou amigo do seu treinador, Pedro Cansado - mas, meus senhores, as leis são para cumprir. Se para uns as regras se aplicam, o mesmo critério tem de ser seguido com todos. Em futebol não há filhos e enteados. Somos todos iguais, independentemente da cor da camisola.
Este blogue não é para criar polémicas, é sim um veículo para divulgar o trabalho da nossa equipa das Escolas B, mas digo: quem não se sente, não é filho de boa gente.
Da minha parte, fica uma palavra de conforto para o Luís Lobo, que aliás já lhe transmiti telefonicamente.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sábado jogamos de camisola branca

Como aconteceu na primeira volta, no próximo sábado, no jogo frente ao Botafogo, vamos equipar de camisola branca. Como sei que há atletas que gostam de utilizar uma camisa de manga comprida por baixo do equipamento, e como esta tem de ser da mesma cor da do clube, fica a informação. No próximo fim-de-semana, se o quiserem fazer, a camisa terá de ter mangas brancas.

Força, resistência e velocidade

Estou há cerca de quatro meses a trabalhar com as escolas de formação do Santa Clara. Depois de vários anos ligado ao futebol, desliguei-me da modalidade, pensava eu que para sempre, até que por força do gosto do meu filho me vi, outra vez, a acompanhar regularmente este "bichinho", que, quem gosta, tem sempre dificuldade em arrumar numa gaveta definitivamente. Pouco meses depois de começar a época, mais precisamente em Novembro, fui convidado pelo Domingos Viveiros a integrar a estrutura directiva do Santa Clara, com a missão de prestar apoio à equipa B do escalão Sub-10. Dias depois, o Luís Lobo (treinador principal) convidava-me a ajudá-lo nos treinos e jogos da equipa.
Confesso agora que o convite teve tanto de surpreendente como de motivador. Pensei: Pedro lá estás tu outra vez no futebol, entrando pela porta de um clube que representei enquanto miúdo, somente durante uns meses, e que aprendi a respeitar. No entanto, nunca pensei que volvido este tempo estivesse tão imbuído neste espírito de entreajuda a um grupo de trabalho composto por "meninos" excelentes e bem formados.
Só quem tem a oportunidade de com eles privar, claro que os pais estão fartos de saber isso, consegue perceber o que lhes vai na alma quando o tema é futebol. Os olhos brilham, as vitórias são vividas no balneário de uma forma difícil de descrever, enquanto as derrotas são aceites como mais uma jornada na sua formação. É isto que lhes é passado e assim é que tem de ser.
Passados quatro meses, sinto que o esforço valeu a pena. Também eu aprendi, e muito, com eles. Treino após treino, jogo atrás de jogo, reflicto e dou comigo a pensar: és outro Pedro, embora aquela atitude de constante incitamento nos treinos e jogos não consiga mudar. Enfim, nasci assim e o gesticular e falar para dentro do campo está na minha génese. A quem não a compreende, ou a considera exagerada, peço desculpa.
Mas estou outro porque também aprendi. No meu tempo, o treino desportivo era, quando comparado com o de hoje, uma coisa muito rudimentar, embora tenha tido a oportunidade de trabalhar com excelentes treinadores e com outros menos bons.
Neste momento, o treino tem um método, um objectivo e tem de ser seguido à risca. O título deste post refere "Força, resistência e velocidade". Pois é, isto já foi algo que aprendi.
O primeiro treino da semana, nestes escalões, deve ser dedicado à força, recuperados que estão os atletas do esforço do jogo anterior e quando o seguinte ainda vem longe. No segundo, o trabalho incide sobre a resistência, enquanto no terceiro é a velocidade que deve ser trabalhada, sempre na dose certa, até porque o jogo acontece no dia imediatamente a seguir. A juntar a isto, um pouco de finalização, à sexta-feira, é sempre importante.
Para quem está nisto há muito tempo, indicar estes princípios de treino parece ser uma brincadeira. Todavia, para mim não é. Foi algo que aprendi e que, por mais anos que aqui ande, terei sempre em conta. O curioso, depois, é ver que as coisas funcionam. Nas doses certas, os exercícios servem para os miúdos desenvolverem a sua forma física, mas também técnica e táctica. Recuo, novamente, aos meus tempos de atleta e lembro-me das intensas cargas físicas que levava, sempre sem bola, fazendo um "frete" que nem vos conto. Hoje, as coisas são diferentes e ainda bem que assim são. Estamos em Fevereiro, o método de treino do Luís Lobo sempre foi este e é ver os resultados. Os nossos "meninos" correm durante todo o jogo e já têm algum fio de jogo, sem que tenham levado grandes lições tácticas. Nem é preciso, porque, quase sem se aperceberem, nos exercícios que desenvolvem nos treinos estão a aprender a jogar futebol em equipa, a apreender os princípios básicos do nosso esquema táctico (2x3x1), o qual depois colocam em prática ao sábado.
Por isto, quando escrevo que estamos no caminho certo, faço-o com a certeza de que tenho razão. Os resultados desportivos não surgem já, é verdade, mas vão surgir mais tarde ou mais cedo. É o processo natural das coisas. Diziam-me o outro dia, no Jácome Correia a meio de um jogo dos nossos iniciados, "que grandes goleadas levavam estes jovens quando começaram nas escolinhas". Pois é, quem os vê hoje jogar tem dificuldade em acreditar, mas é verdade. Eles já cresceram e os nossos também o farão. Acreditem malta. Fica este post de alguém que adora escrever e que está a gostar cada vez mais do que faz no Santa Clara.
Obrigado a todos, desculpem se vos chateei durante os minutos que perderam para ler este post.

Jogo com o Botafogo é sábado às 12h30

O jogo do próximo fim-de-semana, frente ao Botafogo, está marcado para as 12h30 do próximo sábado, no Jácome Correia. Isto se não houver alteração por parte da Associação de Futebol de Ponta Delgada, o que em princípio não deverá acontecer. Fica a informação para os pais poderem programar o fim-de-semana.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tempos de utilização dos atletas

Brevemente este blogue vai publicar o tempo de utilização de cada atleta nos jogos que já disputámos para o Campeonato de S. Miguel. Fruto do relatório que é feito, em todas as partidas, pelo treinador Luís Lobo, os dados serão agora divulgados para conhecimento de todos.

Com o Botafogo com a certeza do trabalho feito

O jogo com o Vitória já passou e, apesar de tudo, reafirmou a convicção de que estamos no caminho certo. Se bem se lembram, há uns meses saímos do Pico da Pedra vergados a uma derrota por dez golos de diferença. Lembro-me como se fosse hoje daquele final de tarde de sábado terrível. Na altura pensei: temos um problema em mãos e não sei como será resolvido. Só que naquele momento não conhecia por dentro o trabalho que estava a ser feito. Assistia aos treinos como pai e como tal não estava por dentro do que ia na cabeça do treinador Luís Lobo.
Actualmente tenho o privilégio, pelo menos vejo-o assim, de poder estar dentro do campo, a acompanhar a miudagem. Joguei futebol durante anos. É daí que tenho os conhecimentos que tento aplicar, muito por força do incentivo que me é dado pelo treinador principal, em cada jogo e cada treino. É o contributo que posso dar no momento. Bom, mau, não sei.
De uma coisa tenho a certeza: o problema já não existe. Esta equipa já joga futebol, revela uma razoável noção dos princípios de jogo e o futuro só pode ser melhor.
Escrevi há uns dias que íamos pontuar mais na segunda volta do que o que fizemos na primeira. Reafirmo a convicção. Não o faço só por fazer e para tentar passar uma mensagem positiva ao grupo. Faço-o porque acredito que tal será uma realidade, um crer que é assente naquilo que vejo treino após treino, jogo após jogo.
São coisas básicas, mas nestas idades são extremamente importantes. Em Setembro, muitos destes “meninos” nem sabia como se chutava com o pé esquerdo. Actualmente, uns com mais facilidade que outros, já o fazem. No início de época uma sucessão de quatro ou cinco passes era impossível. Hoje, a equipa, muitas vezes, sai a jogar da defesa até ao ataque, pelas linhas e com segurança.
Digam-me lá se não evoluíram! Por estas, e por outras, é que estou convicto de que o futuro será positivo.
No próximo fim-de-semana recebemos o Botafogo. Penso que será a oportunidade de ouro para pontuarmos pela máxima. No acreditar é que está o ganho.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Como é difícil escrever

Estive para escrever este texto no sábado, pouco depois do jogo que disputámos no Pico da Pedra. Não o fiz porque sempre me ensinaram que, em alguns casos, o melhor é não escrever com o coração, ou melhor, com as emoções à flor da pele.
Não foi fácil digerir o que aconteceu na manhã de sábado, embora aos treinadores e directores caiba tirar ilações de tudo o que se passou, sempre com a cabeça fria e olhando para o que de melhor se viu, esquecendo o pior.
No entanto, dói, e de que maneira, ver os nossos “meninos” por terra a chorar, alguns compulsivamente, pelo que tinha acabado de acontecer. A revolta tem, no nosso caso, de dar lugar à capacidade de motivar um grupo que estava claramente abatido.
Perdoem-me o desabafo inicial, vamos então ao que interessa: o jogo.
Chegámos ao Pico da Pedra motivados. Era o início da segunda volta do campeonato e sentimos que, a cada jornada, estamos melhor. Mais entrosados, praticando melhor futebol – acreditem no que digo porque tenho visto outras equipas jogar e não tenho assistido a muito melhor, neste escalão – e, acima de tudo, com maior atitude.
Jogámos de igual para igual com todos. Esquecemos o tamanho dos adversários e vamos para “cima deles” como se tratasse de uma qualquer final da Liga dos Campeões. Sábado foi igual, pelo menos na primeira parte. Encarámos o Vitória do Pico da Pedra como uma equipa da nossa divisão, e é isto que ela é.
Começamos personalizados, a fechar espaços e a trocar a bola, a ganhar duelos, enfim deixámos, mais uma vez, o adversário atordoado.
Olhava para o jogo com orgulho do que estava a ser feito, apesar da semana de trabalho não ter sido propriamente boa. Mas, enfim, todos nós temos os nossos momentos maus.
A cada lance renovava o sentimento de que era possível levar dali alguma coisa. Os incitamentos que saiam do banco eram precisamente para isto. Motivar é preciso. Uma palavra de carinho no momento certo funciona melhor do que uma finta. Os atletas reagem e vão em busca do que pretendemos.
Mais uma vez, quando estamos por cima no jogo sofremos um golo. É natural, o querer é tão grande que, por vezes, acaba por ter o efeito contrário. Ao olhar para os jogadores senti, contudo, que eles iam virar o quadro. Estavam com “ganas”, como se diz em espanhol, e a verdade é que, de penalty, empatamos. Ao intervalo, só não estávamos a vencer por manifesta infelicidade.
Começava a segunda parte e foi então que veio o pior do jogo. Sofremos três golos, alguns dos quais frutos de erros de alguém que nada tem a ver com o Santa Clara. Os nossos “meninos” sentiram a injustiça mas foram homens na hora de a aceitar. Não entraram em discussões e continuaram a lutar, mesmo quando já se sentia que pouco havia a fazer. Uma palavra para João Cunha, Ronaldo, Gonçalo Cabral, Hugo, João Martins, Henrique, Lucas, Rui e Gonçalo Gomes (os atletas que alinharam sábado): que grandes foram estas crianças com idades entre os oito e os dez anos. A frieza com que encararam algumas decisões foi notável.
Por isto digo com orgulho: perdemos, mas perdemos de cabeça erguida. Dá gosto estar neste grupo de trabalho.
Nota: O texto de hoje está escrito mais na primeira pessoa, porque foi difícil desligar-me do coração. Por dever tenho de escrever em nome de todos os responsáveis. Perdoem-me, mas hoje não consegui. Malta, acreditem, se mantiverem esta atitude terão um futuro risonho. Lutar contra as adversidades é uma virtude que só está ao alcance de alguns.

O Santa Clara alinhou com: João, Ronaldo Mendes, Gonçalo Cabral, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas. Jogaram ainda: Rui Oliveira e Gonçalo Gomes.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Parabéns Hugo

Não sei a data de aniversário de todos os nossos atletas. No entanto, daqueles que vou sabendo, aqui vou deixando os meus votos de muitos parabéns. Para o Hugo, que fez anos esta semana, um grande abraço, com desejo de tudo de bom para ele.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Novo começo

Está cumprida a primeira volta da 2ª fase do Campeonato de S. Miguel em Escolas, para a equipa B do Santa Clara.
Façamos então um breve balanço a tudo o que se passou até este momento. Na primeira fase, creio poder dizê-lo, fomos quase brilhantes. Apuramo-nos em segundo lugar, atrás do Rabo de Peixe, situando-nos à frente do Santo António B e do Mira Mar. Todas estas equipas, não é mentira afirmá-lo, eram superiores fisicamente em relação aos nossos “meninos”. Apesar disto, não nos fomos abaixo. Lutámos até final pelo apuramento para a série dos primeiros. Era a forma de evitar que passássemos meses em viagens para o Nordeste, para a Povoação e para outras localidades distantes de Ponta Delgada. Sabe-se como isto era importante por dois factores: por um lado estas deslocações cansam, e de que maneira, os miúdos. Por outro, sempre evitam gastos em combustível aos pais. Cumprimos, penso eu, assim com o anseio de todos.
No último jogo, em Santo António, e apesar dos “azuis” se terem reforçado com elementos da equipa A, vencemos e convencemos. Fizemos uma exibição de grande nível e vencemos. Estávamos na série dos primeiros, para gáudio de todos.
Pela frente, já sabíamos, teríamos alguns dos mais fortes conjuntos da ilha, alguns deles compostos por elementos que fazem o seu último ano neste escalão.
Cumprida que está a primeira volta somámos somente um ponto, fruto do empate frente ao Santo António A. Nos restantes, perdemos. Mas, há perder e perder. Em todos os jogos, se exceptuarmos o do União Micaelense, sentimos que era possível fazer algo mais. Se contra o Vitória do Pico da Pedra, na primeira jornada, estivemos menos bem, o mesmo não se pode dizer dos restantes. Na Ponta Garça, falhamos por inexperiência. Em grande parte do jogo fomos melhores, mas no final acabamos por pagar a factura dos erros cometidos. Frente ao Sporting Ideal, chegámos ao intervalo empatados. Acabamos por perder, por duas bolas a zero, mas com honra e saímos da Ribeira Grande de cabeça erguida.
Em Santo António foi o que se viu. Podíamos, sem qualquer favor, ter ganho. Fomos “crianças” no final, mas afinal é isto que os nossos atletas são: crianças que adoram jogar à bola e que bom é vê-los a correr atrás da redondinha.
Agora, vai começar a segunda volta. Custa-me acreditar que não faremos melhor. Acredito que não seremos últimos no grupo e creio até que, fruto do desenvolvimento que se vislumbra na nossa equipa, que poderemos ambicionar a algo mais. Não seremos primeiros, nem segundos certamente, mas a partir daí tudo pode acontecer. Vão surgindo sinais de que esta é a tal equipa “arranjadinha” de que falavam na Associação de Futebol de Ponta Delgada no início da época. Mas, meus senhores, para isto foi preciso trabalhar muito. O resultado está à vista de todos: os nossos “meninos” já jogam à bola, apresentam fio de jogo – claro que ainda com muitos erros – e ninguém tenha dúvidas que, no final da época, ganhámos uma equipa, se é que esta vitória já não está alcançada.
Malta, a palavra final tem de ser para os atletas: vocês têm a capacidade aí dentro. Só falta, por vezes, acreditarem mais na vossa valia. Aconteça o que acontecer, cá estaremos sempre para vos apoiar. Antes de serem jogadores são “meninos”. Uns serão jogadores no futuro, outros provavelmente não, mas esta época será sempre para recordar. Lembrem-se, o futebol não é feito só de Messis, Cristianos Ronaldos, Káká e outros predestinados. O futebol é de todos. Cada um tem o seu papel. Ninguém ganha jogos sozinho, mas unidos vamos conseguir.

Jogo com o Vitória do P. da Pedra é às 11h00

O jogo do próximo fim-de-semana frente ao Vitória do Pico da Pedra está marcado para as 11h00 de sábado. A partida joga-se no campo do adversário.
Já agora mais uma informação: no passado fim-de-semana, o Vitória perdeu frente ao Santo António por três bolas a duas. Se bem se lembram, quando fomos a Santo António empatamos a três bolas e só não ganhamos por manifesta infelicidade. Assim, vamos acreditar que é possível vencer o Pico da Pedra. Se tivermos a atitude apresentada frente ao União Micaelense, certamente vamos sair satisfeitos do Pico da Pedra no sábado.
Toca a acreditar malta!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Que atitude!



O jogo das escolas B do Santa Clara frente ao União Micaelense revelou tudo aquilo que este escalão tem de melhor. Quando se trabalha bem e se pede aos "meninos" que cumpram determinados princípios, eles cumprem e dão-nos alegrias como aquela de sábado.
Pelo início do texto, até parece que ganhámos o jogo. Claro que não o fizemos, nem o poderíamos fazer, tal é a diferença de valores, e de tamanho, entre os dois conjuntos.
No entanto, ganhámos muitas outras coisas.
À partida para este jogo, o receio de que pudéssemos sofrer uma goleada “à moda antiga” pairava no ar. Ao longo da semana de trabalho, tudo fizemos para preparar os jogadores para este desafio. Foi-lhes feito ver o que teríamos de fazer para dar seguimento ao nível exibicional que tem sido apresentado. Era preciso que a equipa fosse solidária, jogasse fechada e tentasse, de quando em vez, sair a jogar. Precisávamos ter bola para respirar, senão o sufoco e o cansaço poderiam beneficiar o adversário.
Na manhã de sábado, ainda no balneário, fizemos a revisão à matéria dada. Pedimos concentração e atitude, palavras às vezes complicadas para “meninos” de oito e nove anos. Mas, eles cumpriram.
Entraram no jogo com numa personalidade de fazer inveja a muitos. O União cedo percebeu que não ia golear e não será menos verdade dizer que deixou de se preocupar em marcar muitos, mas sim em vencer. O Santa Clara não ia deixar que eles levassem o seu desejo a bom porto, revelando uma entreajuda entre sectores de assinalar.
João Cunha, Ronaldo e Gonçalo Cabral eram os homens da defesa. O primeiro realizou mais uma exibição de encher o olho. As suas defesas passaram uma enorme mensagem de segurança para a restante equipa.
Os dois defesas (Gonçalo e Ronaldo) estiveram bem. O segundo, mesmo adoentado, deve ter realizado dos melhores jogos da época, principalmente na primeira parte. O Gonçalo, este já sabemos, deixa tudo o que tem em campo, mesmo que por vezes pareça algo distraído.
No meio-campo, o Hugo, o Henrique e o João Martins fechavam bem, criando um bloco defensivo extremamente difícil de ultrapassar. O mais pequenino (Hugo), em tamanho, até estava fragilizado – fruto de um vírus que o obrigou a uma passagem pelo hospital – mas nem isso lhe tirou a vontade de jogar, e que "jogatana" fez. Os dois restantes, estiveram também bastante bem, ao nível aliás do que nos têm habituado.
Na frente, o Lucas lá lutava contra as “traves” do União, e que trabalho lhes deu.
O tempo passava e o empate persistia. De fora, treinadores, directores e jogadores suplentes puxavam por quem estava lá dentro. “Boa malta”, ouvia-se amiúde vezes, e nem o triste papel do árbitro impedia que os nossos “meninos” brilhassem.
E o golo do União só surgiu quando já passava da vintena de minutos. Com um zero chegamos ao intervalo e a satisfação era mais que muita.
Começou então o reboliço das mexidas na equipa. À entrada para a segunda parte entraram o Rui, para a baliza, e o Tomás para a defesa. Ambos, desempenharam bem os seus papéis, refira-se, sem favor algum.
Entretanto, saía o Henrique e entrava o Gonçalo Gomes. Sempre com um sorriso na cara, este “menino” lá foi lançado aos “tubarões”. Também ele cumpriu. O jogo não era para grandes “adornos”, exigia sim esforço e isto foi feito, por ele e pelo Gustavo que, quando entrou, lutou como os colegas.
O União, entretanto, apontou mais três golos. Chegava ao fim mais um jogo. A derrota por quatro zero não envergonha e dá-nos a certeza de que, com esta atitude, na segunda volta os adversários terão de se cuidar. Vamos fazer mais pontos, certamente. Não tenho disso dúvidas. Porque com estes “meninos” tudo é possível. Obrigado Malta!

O Santa Clara alinhou com: João Cunha, Gonçalo Cabral, Ronaldo Mendes, Hugo Laranja, Henrique Farias, João Martins e Lucas.
Jogaram ainda: Rui, Tomás Botelho, Gonçalo Gomes e Gustavo.