Chegou ao fim a temporada desportiva das Escolas B do Santa Clara. Envolvi-me neste projecto em Novembro, aceitando um convite que me foi dirigido pelo Domingos Viveiros, coordenador da formação, e pelo Luís Lobo, técnico principal deste escalão.
Confesso, e penso que já o disse, que não sabia bem o que me esperava. Com muitos anos de futebol, esta era a primeira vez que me via envolvido na Formação. Era um mundo novo. Como seria trabalhar com miúdos de oito, nove e dez anos?
A resposta assombrou-me sempre o pensamento. Com o tempo, fui aprendendo, em muito ajudado por quem me rodeava, muitas destas pessoas com já muitos anos desta Causa.
Para os menos atentos, digo que tive a sorte de trabalhar com alguém, refiro-me claro ao Luís, que em mim acreditou. Por vezes, surpreendeu-me a rédea solta que me deu. Gradualmente, fui-me sentindo uma parte importante deste projecto, mantendo, contudo, sempre presente aquele que era o meu lugar. Número dois, número três, director, treinador adjunto, bem, todas estas designações não passam de rótulos. O objectivo primordial era ajudar e só isso.
Sabia, e continuo a saber, qual o meu papel. Se, por vezes, poderá ter parecido que me estava a sobrepor ao treinador, digo, e reafirmo, que nunca tal me passou pela cabeça.
Talvez, e devido à paixão que coloquei no desempenho das funções que me concederam, por uma ou outra vez me tenha excedido naquilo que eram as minhas funções. Mas foi só por isto, garanto, e se com isso criei uma visão deturpada dos factos, desde já me desculpo.
Viro agora o disco. Habitualmente, escrevo à segunda-feira para relatar o jogo do fim-de-semana. Esta semana, não o farei. Perdemos, frente ao S. Roque A – uma das quatro melhores equipas deste escalão – mas saímos de cabeça erguida, conforme tínhamos pedido aos jogadores. Foi bonito, mais uma vez, ver a sua entrega ao jogo, a humildade e a forma como aceitaram o desenlace. A título de exemplo, refiro que, na eliminatória anterior, os “amarelos” tinham goleado um adversário de última época. Mais palavras para quê? Fomos grandes, à semelhança daquilo que sempre fomos ao longo do ano.
O final do jogo foi, no mínimo, arrepiante. O sentimento guardarei sempre para mim.
Agora sim, escrevo sobre o que aqui me traz hoje.
Uma palavra aos “meninos”, à “malta” como sempre os tratei. No final de todo este tempo, ganhei um conjunto de novos amigos. Nunca nada apagará isto.
Que gosto foi estar num grupo com o Rui, o João Cunha, o Gonçalo Cabral, o Gonçalo Gomes, o Tomás Botelho, o Hugo Laranja, o João Martins, o Henrique Farias, o Gustavo, o Lucas. Uma palavra ainda para aqueles que abandonaram, por uma razão ou por outra, o projecto. Francisco Jesus, Ronaldo Mendes e Iuri, também convosco foi um prazer estar e privar.
Todos estes meninos são diferentes uns dos outros, mas há uma coisa em que não diferem: o gosto pelo futebol. Foram meses e meses de treinos, de jogos, mas, mais do que isso, interessa sublinhar sim a parte humana: Hoje, penso que poderei dizer que fiz novos amigos, mais pequenos do que eu é verdade, mas excelentes amigos.
Os caminhos, provavelmente, dividir-nos-ão, mas nunca esquecerei qualquer um deles. A todos desejo a maior sorte do mundo. Com alguns, terei o prazer de continuar a trabalhar para o ano, conforme já sabem certamente. Com outros, não, embora hajam decisões que ainda estão para tomar. A ambição de uns, as necessidades do clube e até a idade ditarão leis.
Mas no final, digo: Foi muito bom estar com vocês. Obrigado pelo respeito que sempre por mim tiveram. Só revela a vossa boa educação. Souberam aceitar-me e por isso estarei sempre agradecido. “Malta” isto não é um adeus, é mais um “até logo”.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Que grande vitória
Desta feita, começo pelo fim: que bela vitória conquistámos no passado sábado em S. Roque. Um triunfo que nos permite continuar na Taça de S. Miguel.
Passemos então ao início. Foi bonito aquilo que vivemos, na manhã de sábado, no campo de S. Roque. Era um jogo de tudo ou nada, de mata/mata, como dizia o Scolari.
Vocês, meninos, sabiam-no e que boa resposta deram e que orgulho causaram em todos os que viram a partida e a quem, esta semana, teve a responsabilidade de liderar a equipa.
Contratempos não faltaram. O Tomás lesionou-se no início da semana de trabalho, obrigando a adaptações no conjunto a apresentar. Adaptações que, certamente, quem não nos conhece não deverá ter reparado, tal foi a resposta dos meninos que entraram. O Gonçalo Gomes, apesar do nervosismo inicial, cumpriu e bem. O João Cunha, qual guarda-redes adaptado a avançado, lá fez das suas, deixando a cabeça em água aos adversários. Os restantes, bem estes já nos habituaram àquela atitude que faz os campeões. Resultado disso, fizemos um jogão.
Entrámos compactos, seguros, com querer e vontade de vencer. Tinha de ser assim, se queríamos seguir em frente. Os sectores ajudaram-se uns aos outros. Sem atacantes e sem defesas, mas sim como um todo. É bonito quando assim é, até porque tinha sido isto a ser pedido.
Talvez não tenhamos sido tão brilhantes, como em ocasiões anteriores, mas o mais importante era ganhar. Apesar disto, voltaram a ver-se jogadas de fino recorte. A luta era árdua, até porque o S. Roque B não é uma equipa tão fraca quanto isso.
Depois do zero a zero ao intervalo, nas pequenas indicações dadas no período de descanso foi pedida uma entrada à campeão na segunda parte. A resposta, bem esta foi dada aos 30 segundos. Excelente jogada de combinação atacante, com o Lucas a finalizar. Talvez nervosos e ansiosos, recuámos. O S. Roque passou a ter mais bola e acabou por empatar.
Com o tempo a passar, temi o espectro dos penáltis, mas, mais uma vez, fomos uns senhores. Soubemos lidar com a situação e acabamos por marcar mais duas vezes, uma pelo Lucas e outra pelo João Martins.
A festa tomou então conta do campo de S. Roque, feita toda ela pelos nossos meninos. E foi bonita a mesma. Com respeito pelo adversário, pulámos, cantámos e agradecemos a quem nos ajudou a ultrapassar a eliminatória: a nossa incansável claque, composta pelos familiares dos nossos atletas.
Foi mais uma jornada grande para uma equipa que tudo merece. Pela humildade e pela forma como se esforça, fruto do trabalho liderado pelo Luís Lobo. Também para ele fica a vitória. Longe geograficamente, o Luís não esqueceu o jogo. Às 08h30 já ele me ligava a transmitir força. No final, ainda na festa, devolvi a chamada a dar a boa nova. A satisfação do outro lado da linha foi mais do que evidente.
Parabéns a todos.
Passemos então ao início. Foi bonito aquilo que vivemos, na manhã de sábado, no campo de S. Roque. Era um jogo de tudo ou nada, de mata/mata, como dizia o Scolari.
Vocês, meninos, sabiam-no e que boa resposta deram e que orgulho causaram em todos os que viram a partida e a quem, esta semana, teve a responsabilidade de liderar a equipa.
Contratempos não faltaram. O Tomás lesionou-se no início da semana de trabalho, obrigando a adaptações no conjunto a apresentar. Adaptações que, certamente, quem não nos conhece não deverá ter reparado, tal foi a resposta dos meninos que entraram. O Gonçalo Gomes, apesar do nervosismo inicial, cumpriu e bem. O João Cunha, qual guarda-redes adaptado a avançado, lá fez das suas, deixando a cabeça em água aos adversários. Os restantes, bem estes já nos habituaram àquela atitude que faz os campeões. Resultado disso, fizemos um jogão.
Entrámos compactos, seguros, com querer e vontade de vencer. Tinha de ser assim, se queríamos seguir em frente. Os sectores ajudaram-se uns aos outros. Sem atacantes e sem defesas, mas sim como um todo. É bonito quando assim é, até porque tinha sido isto a ser pedido.
Talvez não tenhamos sido tão brilhantes, como em ocasiões anteriores, mas o mais importante era ganhar. Apesar disto, voltaram a ver-se jogadas de fino recorte. A luta era árdua, até porque o S. Roque B não é uma equipa tão fraca quanto isso.
Depois do zero a zero ao intervalo, nas pequenas indicações dadas no período de descanso foi pedida uma entrada à campeão na segunda parte. A resposta, bem esta foi dada aos 30 segundos. Excelente jogada de combinação atacante, com o Lucas a finalizar. Talvez nervosos e ansiosos, recuámos. O S. Roque passou a ter mais bola e acabou por empatar.
Com o tempo a passar, temi o espectro dos penáltis, mas, mais uma vez, fomos uns senhores. Soubemos lidar com a situação e acabamos por marcar mais duas vezes, uma pelo Lucas e outra pelo João Martins.
A festa tomou então conta do campo de S. Roque, feita toda ela pelos nossos meninos. E foi bonita a mesma. Com respeito pelo adversário, pulámos, cantámos e agradecemos a quem nos ajudou a ultrapassar a eliminatória: a nossa incansável claque, composta pelos familiares dos nossos atletas.
Foi mais uma jornada grande para uma equipa que tudo merece. Pela humildade e pela forma como se esforça, fruto do trabalho liderado pelo Luís Lobo. Também para ele fica a vitória. Longe geograficamente, o Luís não esqueceu o jogo. Às 08h30 já ele me ligava a transmitir força. No final, ainda na festa, devolvi a chamada a dar a boa nova. A satisfação do outro lado da linha foi mais do que evidente.
Parabéns a todos.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Pequenos nadas
Terminámos a nossa participação no Campeonato de S. Miguel de Escolas, no passado fim-de-semana, em Água de Pau. Apesar da temporada já ir longa, ainda não é tempo de balanço, até porque já se avizinha novo confronto, desta feita para a Taça de S. Miguel. A conclusão do trabalho será feita a seu tempo, com calma e ponderação. Muito haverá para dizer, certamente, mas a seu tempo.
Frente ao Santiago, voltámos a ser bravos, talvez até, e porque não dizer, bravissimos.
Diga-se o que se disser, uma coisa é certa: motivação nunca faltou a esta equipa. A cada jogo, os meninos e a equipa técnica aparecem com a ambição renovada. O resultado anterior, tenha sido ele bom ou mau, passa para segundo plano. Cada partida é encarada como mais uma oportunidade para mostrarmos tudo o que de bom temos.
No sábado, entrámos bem no jogo. Seguros, dominadores em alguns momentos, e a jogar bom futebol, algo que tem acontecido semana após semana. Não fossem algumas falhas na finalização, lá teríamos ido, sem surpresa, para a frente do marcador.
Com o João seguro nas redes, o Tomás e o Gonçalo Cabral certinhos na marcação, o Hugo numa constante roda viva no meio campo, as despesas do ataque ficavam para o João Martins, para o Henrique e para o Lucas. Ao longo do primeiro tempo, viram-se boas triangulações, em futebol apoiado, jogadas pelas linhas, e excelentes tabelinhas (o famoso 1-2) que, em grande parte dos casos, deixaram os atletas do Santiago às aranhas. Em alguns momentos sofremos, mas isto faz parte. Quando decorria o minuto 15, entrou o Gonçalo Gomes para missões defensivas, e que bem ele esteve, apesar do pouco treino que tem no desempenho da função.
Foi bom o que se viu. O resultado ao intervalo era justo. O empate a zero bolas premiava o esforço dos nossos "meninos".
No segundo tempo, talvez devido ao cansaço, foi mais penoso. Chegámos menos vezes à baliza do Santiago, mas defendemos como gente grande. Acabámos por sofrer um golo devido a um erro tão próprio de quem tem oito anos. Não é por aí que vem mal ao mundo. Uma palavra para o Gustavo: tem sido pouco utilizado, por diversos motivos, mas é um menino que encara os poucos minutos que joga com grande vontade. É bom sentir isso. Certamente, mais oportunidades surgirão.
Garantimos o que interessava. Mais uma vez, saímos de cabeça erguida. Fomos educados com o adversário e com o árbitro. Enfim, demos mais uma excelente lição de como se deve estar num campo de futebol. Como temos dado sempre. Este grupo merece tudo e com ele dá gosto estar. São cada vez menos, é verdade, mas são amigos todos os que estão e os que já saíram. O objectivo era este. Criar laços e, ai meus amigos, como eles foram criados.
O resto de pouco importa. A seu tempo, as vitórias e os títulos irão surgir. Sempre foi assim, porque não será com estes também?
A força, o querer e a atitude estão lá. Falta mais experiência, mais força física e uma ou outra coisa. O mais importante, contudo, está lá. E que bom é vê-lo treino após treino, jogo após jogo.
Frente ao Santiago, voltámos a ser bravos, talvez até, e porque não dizer, bravissimos.
Diga-se o que se disser, uma coisa é certa: motivação nunca faltou a esta equipa. A cada jogo, os meninos e a equipa técnica aparecem com a ambição renovada. O resultado anterior, tenha sido ele bom ou mau, passa para segundo plano. Cada partida é encarada como mais uma oportunidade para mostrarmos tudo o que de bom temos.
No sábado, entrámos bem no jogo. Seguros, dominadores em alguns momentos, e a jogar bom futebol, algo que tem acontecido semana após semana. Não fossem algumas falhas na finalização, lá teríamos ido, sem surpresa, para a frente do marcador.
Com o João seguro nas redes, o Tomás e o Gonçalo Cabral certinhos na marcação, o Hugo numa constante roda viva no meio campo, as despesas do ataque ficavam para o João Martins, para o Henrique e para o Lucas. Ao longo do primeiro tempo, viram-se boas triangulações, em futebol apoiado, jogadas pelas linhas, e excelentes tabelinhas (o famoso 1-2) que, em grande parte dos casos, deixaram os atletas do Santiago às aranhas. Em alguns momentos sofremos, mas isto faz parte. Quando decorria o minuto 15, entrou o Gonçalo Gomes para missões defensivas, e que bem ele esteve, apesar do pouco treino que tem no desempenho da função.
Foi bom o que se viu. O resultado ao intervalo era justo. O empate a zero bolas premiava o esforço dos nossos "meninos".
No segundo tempo, talvez devido ao cansaço, foi mais penoso. Chegámos menos vezes à baliza do Santiago, mas defendemos como gente grande. Acabámos por sofrer um golo devido a um erro tão próprio de quem tem oito anos. Não é por aí que vem mal ao mundo. Uma palavra para o Gustavo: tem sido pouco utilizado, por diversos motivos, mas é um menino que encara os poucos minutos que joga com grande vontade. É bom sentir isso. Certamente, mais oportunidades surgirão.
Garantimos o que interessava. Mais uma vez, saímos de cabeça erguida. Fomos educados com o adversário e com o árbitro. Enfim, demos mais uma excelente lição de como se deve estar num campo de futebol. Como temos dado sempre. Este grupo merece tudo e com ele dá gosto estar. São cada vez menos, é verdade, mas são amigos todos os que estão e os que já saíram. O objectivo era este. Criar laços e, ai meus amigos, como eles foram criados.
O resto de pouco importa. A seu tempo, as vitórias e os títulos irão surgir. Sempre foi assim, porque não será com estes também?
A força, o querer e a atitude estão lá. Falta mais experiência, mais força física e uma ou outra coisa. O mais importante, contudo, está lá. E que bom é vê-lo treino após treino, jogo após jogo.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Jogo com o Santiago é às 16h30
O jogo do próximo sábado, frente ao Santiago, realizar-se-á no campo Mestre José Leste, em Água do Pau, às 16h30. Mais uma hora, permitam-me referir, difícil de compreender quando se trata de uma partida de escolas, tanto mais que aquele campo conhece pouca utilização. A título de exemplo, refira-se que naquele dia há um jogo às 11h30 e depois não há mais nenhum até à hora em que jogamos. Enfim, vá-se lá saber porquê...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Quem não marca…
Estamos na recta final do Campeonato de S. Miguel de Escolas. No passado fim-de-semana, cumprimos mais uma jornada desta autêntica maratona, qual corrida de meio fundo para meninos com idades inferiores a dez anos. A fadiga já é evidente em muitos deles, principalmente quando sentem que, por vezes, jogar bem não chega.
Frente ao Botafogo, voltámos a evidenciar toda a nossa evolução.
Já tive oportunidade de falar com algumas pessoas, não ligadas ao nosso grupo de trabalho e por isso desprovidas de qualquer paixão desmedida, que me disseram que a exibição voltou a ser de primeira água.
Claro que a expectativa em relação ao resultado era grande, principalmente depois do resultado conseguido na Ponta Garça. E, em condições normais – deixem-me dizê-lo – penso que, sábado, deveríamos ter ganho por três ou quatro bolas de diferença.
Responder-me-ão que o Botafogo até mandou três bolas à barra da nossa baliza. E nós, pergunto. Quantas oportunidades flagrantes tivemos? Inúmeras, respondo.
Começámos o jogo ao ataque. Com o Gonçalo Cabral e o Tomás a varrerem a zona defensiva com grande autoridade, Ronaldo, Hugo e João Martins davam cartas a meio campo, desempenhando (quase na perfeição) o que lhes tinha sido pedido no balneário. Na frente, o Lucas era um quebra-cabeças para os atordoados atletas do Botafogo.
O golo adivinhava-se. Jogadas de fino recorte técnico, com tabelas perfeitas entre os “meninos” mais adiantados, faziam antever algo de bom, corrijo, de muito bom.
No entanto, o golo tardava em surgir. Umas vezes por manifesta pouca sorte, outras pela ânsia que a bola entrasse, e a verdade é que chegámos ao intervalo empatados a zero.
Que injustiça, pensava eu, e toda a gente que assistia ao jogo. Que vontade tínhamos, no banco, de ajudar… enfim de empurrar a redondinha para além do risco final.
Já tínhamos mexido na equipa. O Henrique tinha entrado bem, e as mexidas tácticas em nada alteraram o ritmo do jogo.
Começava a segunda parte. A bola vai entrar, acreditava. Estamos a sufocar o Botafogo, dizia para dentro.
Todavia, o futebol é isto. Quem não marca, sofre. Foi o que aconteceu, quando, até então, nada o fazia prever. Um erro nosso, de todos (nesta equipa ganhámos todos e perdemos todos) e pronto, lá tínhamos de correr atrás do prejuízo. Foi o que fizemos, mas já mais com a cabeça do que com o coração. Continuamos a mexer, o Gonçalo Gomes e o Gustavo entraram bem – provando que este é um grupo cada vez mais equilibrado – mas não deu para virar o resultado. Pelo meio, ainda apanhamos alguns sustos, muito por culpa do nosso balanceamento ofensivo e assim terminou o jogo.
Não consigo esconder a tristeza. Não porque perdemos, afinal no futebol há três resultados possíveis, mas sim porque estes “meninos” mereciam ter recebido o prémio do excelente jogo que realizaram. Erraram aqui e ali, claro, é normal, mas fizeram por alcançar outro resultado.
Não faz mal. Estas coisas também nos deixam mais fortes e com vontade de continuar a trabalhar.
No final da época vamos dizer: valeu a pena este trabalho, e como valeu. Todos os sábados, já se vê esta evolução. Lembram-se deste grupo em Setembro. Eu lembro-me. Alguma vez pensaram que íamos terminar o campeonato na posição que ocupámos agora? Penso que muitos nem no melhor dos sonhos o terão feito.
Agora, como se diz na gíria, é bola para a frente. Sábado há mais. Em Água de Pau, frente ao Santiago, e no fim-de-semana seguinte já jogamos para a Taça de S. Miguel, frente ao S. Roque B, sempre em busca do melhor resultado, mas, acima de tudo, de mais uma bela jornada de convívio e amizade.
Frente ao Botafogo, voltámos a evidenciar toda a nossa evolução.
Já tive oportunidade de falar com algumas pessoas, não ligadas ao nosso grupo de trabalho e por isso desprovidas de qualquer paixão desmedida, que me disseram que a exibição voltou a ser de primeira água.
Claro que a expectativa em relação ao resultado era grande, principalmente depois do resultado conseguido na Ponta Garça. E, em condições normais – deixem-me dizê-lo – penso que, sábado, deveríamos ter ganho por três ou quatro bolas de diferença.
Responder-me-ão que o Botafogo até mandou três bolas à barra da nossa baliza. E nós, pergunto. Quantas oportunidades flagrantes tivemos? Inúmeras, respondo.
Começámos o jogo ao ataque. Com o Gonçalo Cabral e o Tomás a varrerem a zona defensiva com grande autoridade, Ronaldo, Hugo e João Martins davam cartas a meio campo, desempenhando (quase na perfeição) o que lhes tinha sido pedido no balneário. Na frente, o Lucas era um quebra-cabeças para os atordoados atletas do Botafogo.
O golo adivinhava-se. Jogadas de fino recorte técnico, com tabelas perfeitas entre os “meninos” mais adiantados, faziam antever algo de bom, corrijo, de muito bom.
No entanto, o golo tardava em surgir. Umas vezes por manifesta pouca sorte, outras pela ânsia que a bola entrasse, e a verdade é que chegámos ao intervalo empatados a zero.
Que injustiça, pensava eu, e toda a gente que assistia ao jogo. Que vontade tínhamos, no banco, de ajudar… enfim de empurrar a redondinha para além do risco final.
Já tínhamos mexido na equipa. O Henrique tinha entrado bem, e as mexidas tácticas em nada alteraram o ritmo do jogo.
Começava a segunda parte. A bola vai entrar, acreditava. Estamos a sufocar o Botafogo, dizia para dentro.
Todavia, o futebol é isto. Quem não marca, sofre. Foi o que aconteceu, quando, até então, nada o fazia prever. Um erro nosso, de todos (nesta equipa ganhámos todos e perdemos todos) e pronto, lá tínhamos de correr atrás do prejuízo. Foi o que fizemos, mas já mais com a cabeça do que com o coração. Continuamos a mexer, o Gonçalo Gomes e o Gustavo entraram bem – provando que este é um grupo cada vez mais equilibrado – mas não deu para virar o resultado. Pelo meio, ainda apanhamos alguns sustos, muito por culpa do nosso balanceamento ofensivo e assim terminou o jogo.
Não consigo esconder a tristeza. Não porque perdemos, afinal no futebol há três resultados possíveis, mas sim porque estes “meninos” mereciam ter recebido o prémio do excelente jogo que realizaram. Erraram aqui e ali, claro, é normal, mas fizeram por alcançar outro resultado.
Não faz mal. Estas coisas também nos deixam mais fortes e com vontade de continuar a trabalhar.
No final da época vamos dizer: valeu a pena este trabalho, e como valeu. Todos os sábados, já se vê esta evolução. Lembram-se deste grupo em Setembro. Eu lembro-me. Alguma vez pensaram que íamos terminar o campeonato na posição que ocupámos agora? Penso que muitos nem no melhor dos sonhos o terão feito.
Agora, como se diz na gíria, é bola para a frente. Sábado há mais. Em Água de Pau, frente ao Santiago, e no fim-de-semana seguinte já jogamos para a Taça de S. Miguel, frente ao S. Roque B, sempre em busca do melhor resultado, mas, acima de tudo, de mais uma bela jornada de convívio e amizade.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Faltou algo...
Atrasei-me na escrita desta crónica, algo que acontece pela primeira vez desde que o comecei a fazer. Infelizmente, o bulício do dia-a-dia não nos permite realizar todas as tarefas. No entanto, como tarde é o que nunca chega, cá vai.
No passado sábado recebemos o Vale Formoso, em mais um jogo da última fase do Campeonato de Escolas da Ilha de S. Miguel.
Apesar da derrota na primeira volta, por sete bolas a três nas Furnas, confesso que estava esperançado que pudéssemos corrigir algumas coisas que estiveram menos bem, e dar outra imagem. Todavia, devido a vários factores - que não vale a pena estar a explicar - o objectivo não foi conseguido na totalidade.
Desta feita, penso que fomos contagiados por alguma letargia total, salvo raras excepções e, mais importante, cedo os nossos atletas deixaram de acreditar que seria possível conseguir um resultado positivo. Muito por culpa, talvez, do golo sofrido nos primeiros minutos. E quando tentámos reagir, o Vale Formoso lá tirou "mais um coelho da cartola" e fez o segundo. A "malta", como lhes chamo nos treinos e jogos, foi-se abaixo, apesar - e seria injusto não o dizer - de aqui e ali se terem visto jogadas bastante bem trabalhadas.
O golo, contudo, nunca chegou. Umas vezes por manifesta infelicidade e outras por más decisões tomadas no calor da luta.
Do outro lado, os atletas das Furnas iam aproveitando os nossos erros e foram avolumando o resultado, que terminou num exagerado cinco a zero.
Exagerado não por que não reflicta a diferença que existe entre as duas equipas, lembre-se que o Vale Formoso é formado por jogadores de última época; à excepção do guarda-redes, mas sim porque penso que temos capacidade para fazer melhor. Já o provámos, por mais de uma vez, e vamos continuar a fazê-lo.
Como se diz em futebol: "este já passou". Os erros não são para esquecer, mas sim para lembrar. Mas, obviamente, não se pode fazer disto um "bicho de sete cabeças". Mal seria se o fizéssemos. Temos de olhar em frente e continuar com tudo aquilo que de bom temos feito ao longo dos últimos meses.
Sábado (está já tão perto), recebemos o Botafogo, contra quem temos feito excelentes jogos. Penso que o iremos repetir. A miudagem após um desaire responde sempre bem. Com força, com ajuda da nossa inestimável claque (constituída pelos pais dos nossos meninos) - a resposta será dada.
Força Malta!
No passado sábado recebemos o Vale Formoso, em mais um jogo da última fase do Campeonato de Escolas da Ilha de S. Miguel.
Apesar da derrota na primeira volta, por sete bolas a três nas Furnas, confesso que estava esperançado que pudéssemos corrigir algumas coisas que estiveram menos bem, e dar outra imagem. Todavia, devido a vários factores - que não vale a pena estar a explicar - o objectivo não foi conseguido na totalidade.
Desta feita, penso que fomos contagiados por alguma letargia total, salvo raras excepções e, mais importante, cedo os nossos atletas deixaram de acreditar que seria possível conseguir um resultado positivo. Muito por culpa, talvez, do golo sofrido nos primeiros minutos. E quando tentámos reagir, o Vale Formoso lá tirou "mais um coelho da cartola" e fez o segundo. A "malta", como lhes chamo nos treinos e jogos, foi-se abaixo, apesar - e seria injusto não o dizer - de aqui e ali se terem visto jogadas bastante bem trabalhadas.
O golo, contudo, nunca chegou. Umas vezes por manifesta infelicidade e outras por más decisões tomadas no calor da luta.
Do outro lado, os atletas das Furnas iam aproveitando os nossos erros e foram avolumando o resultado, que terminou num exagerado cinco a zero.
Exagerado não por que não reflicta a diferença que existe entre as duas equipas, lembre-se que o Vale Formoso é formado por jogadores de última época; à excepção do guarda-redes, mas sim porque penso que temos capacidade para fazer melhor. Já o provámos, por mais de uma vez, e vamos continuar a fazê-lo.
Como se diz em futebol: "este já passou". Os erros não são para esquecer, mas sim para lembrar. Mas, obviamente, não se pode fazer disto um "bicho de sete cabeças". Mal seria se o fizéssemos. Temos de olhar em frente e continuar com tudo aquilo que de bom temos feito ao longo dos últimos meses.
Sábado (está já tão perto), recebemos o Botafogo, contra quem temos feito excelentes jogos. Penso que o iremos repetir. A miudagem após um desaire responde sempre bem. Com força, com ajuda da nossa inestimável claque (constituída pelos pais dos nossos meninos) - a resposta será dada.
Força Malta!
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Jogo com o Vale Formoso é às 12h30
O jogo do próximo fim-de-semana, frente ao Vale Formoso, está marcado para as 12h30 do próximo sábado. A partida irá realizar-se no Marquês Jácome Correia, em Ponta Delgada.
Entretanto, na semana seguinte, o jogo com o Botafogo também será às 12h30 no Jácome Correia. Num campo em que gostamos de jogar, serão estas duas excelentes oportunidades para somarmos mais dois bons resultados.
Entretanto, na semana seguinte, o jogo com o Botafogo também será às 12h30 no Jácome Correia. Num campo em que gostamos de jogar, serão estas duas excelentes oportunidades para somarmos mais dois bons resultados.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Férias já foram
Passado que está o período pascal, durante o qual não se realizaram jogos, as competições de ilha regressam já no próximo fim-de-semana. A nossa equipa tem encontro marcado para o próximo sábado, em hora a definir, frente ao Vale Formoso, na primeira jornada da segunda volta, da segunda fase, do Campeonato de Escolas.
Vamos entrar na recta final do campeonato. Finalmente, dirão alguns, já, por outro lado, digo eu. Não por considerar que os miúdos não estejam cansados, mas porque realmente este trabalho me tem dado um prazer especial. No mínimo, teremos mais um mês de competição pela frente, já que aos três jogos de campeonato que falta, devemos somar mais um, referente à pré-eliminatória da Taça de S. Miguel, frente ao S. Roque B.
A passarmos, continuaremos a jogar por mais uma semana, e assim sucessivamente, tantas sejam as vitórias.
Já retemperamos forças neste interregno, agora é voltar ao "trabalho", quase que diria ao "prazer" de nos juntarmos, três vezes por semana, para continuarmos a contribuir para o desenvolvimento dos nossos atletas.
Malta, hoje, quando passarem 30 minutos das 18 horas, lá estaremos no Lajedo, para iniciarmos mais uma semana de luta.
Nota: não pude deixar de ler o comentário, deixado neste blogue, pelo nosso amigo Medina, treinador da equipa de Infantis A do Santa Clara, em que ele falava do nosso jogo frente ao Santiago, enaltecendo a entrega, atitude e qualidade do futebol que apresentamos. Aqui fica o meu agradecimento caro Medina. É bom contar com opiniões qualificadas de alguém que anda no futebol, com correcção e humildade, há largos anos, sempre com amor à causa santacalarense.
Um abraço amigo,
Pedro Botelho
Vamos entrar na recta final do campeonato. Finalmente, dirão alguns, já, por outro lado, digo eu. Não por considerar que os miúdos não estejam cansados, mas porque realmente este trabalho me tem dado um prazer especial. No mínimo, teremos mais um mês de competição pela frente, já que aos três jogos de campeonato que falta, devemos somar mais um, referente à pré-eliminatória da Taça de S. Miguel, frente ao S. Roque B.
A passarmos, continuaremos a jogar por mais uma semana, e assim sucessivamente, tantas sejam as vitórias.
Já retemperamos forças neste interregno, agora é voltar ao "trabalho", quase que diria ao "prazer" de nos juntarmos, três vezes por semana, para continuarmos a contribuir para o desenvolvimento dos nossos atletas.
Malta, hoje, quando passarem 30 minutos das 18 horas, lá estaremos no Lajedo, para iniciarmos mais uma semana de luta.
Nota: não pude deixar de ler o comentário, deixado neste blogue, pelo nosso amigo Medina, treinador da equipa de Infantis A do Santa Clara, em que ele falava do nosso jogo frente ao Santiago, enaltecendo a entrega, atitude e qualidade do futebol que apresentamos. Aqui fica o meu agradecimento caro Medina. É bom contar com opiniões qualificadas de alguém que anda no futebol, com correcção e humildade, há largos anos, sempre com amor à causa santacalarense.
Um abraço amigo,
Pedro Botelho
terça-feira, 30 de março de 2010
Convívio pais e filhos
No último treino antes da Páscoa, as Escolas B do Santa Clara promovem um treino entre pais e filhos. A "jogatana" terá lugar na próxima quarta-feira, 31 de Março, pelas 18h30, no campo do Lajedo.
Esta será uma boa oportunidade para os atletas conviverem com aqueles que lhes são mais próximos, bem como para os pais mostrarem os seus dotes futebolísticos. Espera-se uma jornada de franco convívio e amizade entre todos.
Esta será uma boa oportunidade para os atletas conviverem com aqueles que lhes são mais próximos, bem como para os pais mostrarem os seus dotes futebolísticos. Espera-se uma jornada de franco convívio e amizade entre todos.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Que injustiça!
Dizer que o futebol é injusto é cair num lugar comum, até porque quando se fala em injustiça dever-se-á analisar vários factores. No entanto, confesso que já me tinha esquecido da dor que é perder um jogo de forma inglória. Já me aconteceu por mais de uma vez, mas já foi há um bom par de anos. Sábado voltei a sentir o amargo sabor deste sentimento e, confesso, não gostei, até porque o mesmo trouxe consigo uma enorme dose de frustração. Puxando a brasa para a nossa sardinha, devo dizer que o resultado mais justo teria sido uma vitória por três ou quatro bolas de diferença, tal o caudal ofensivo e a qualidade de jogo que voltamos a evidenciar.
Recuando, sabíamos de antemão que o Santiago não era fácil. A equipa de Água de Pau tinha vencido o Botafogo por nove a um, o que indicava claramente que o jogo seria tudo menos favas contadas, apesar de acreditar piamente que o podíamos vencer.
Infelizmente, no sábado, tivemos mais um adversário: o tempo. Sabe-se que, devido à fragilidade dos nossos “meninos”, a chuva e o vento complicam ainda mais a situação, e a verdade é que tal se voltou a verificar.
No entanto, apesar disto a nossa equipa foi grande em tudo. Foi enorme em entrega, grande em atitude e querer, e “monstruosa” ao nível da qualidade de jogo, à semelhança aliás do que tinha acontecido, na semana anterior na Ponta Garça.
Conclusão: não vencemos porque, definitivamente, não era o nosso dia.
Assim de cabeça, e para não estar a contar o filme do jogo todo, lembro-me de quatro ou cinco oportunidades claras de golos, duas das quais tiradas em cima da linha fatal, por jogadores do Santiago.
A equipa voltou a jogar como um todo, embora, de quando em vez, tenham havido alguns excessos de individualismo, talvez fruto do querer, a todo o custo, chegar à vantagem. Quando isto acontece, por vezes tenta-se resolver sozinho, o que o colectivo não consegue. Por isto, até se perdoam algumas falhas em momentos que, com outra leitura, poderiam ter tido outra conclusão.
No todo, todavia, a exibição voltou a ser de gala. Os sectores voltaram a funcionar bem, com trocas de bola seguras e feitas em progressão, o que deixava os adversários completamente à nora.
No entanto, como se diz na gíria: quem não marca, acaba por sofrer. Foi o que acabou por acontecer. Perto do final, num livre a meio campo, o jogador do Santiago enviou um balão para a nossa área. O acumulado de jogadores e o facto do esférico se encontrar escorregadio fizeram o resto. Sem nada fazer por isso, o Santiago estava na frente, sem saber ler, nem escrever.
Até ao final, ainda apertamos, lutamos, chutamos, cruzamos, mas de nada valeu. O resultado estava feito e resultava numa enorme injustiça para quem, à chuva e ao frio, tanto lutou para vencer.
Estão de parabéns os nossos “meninos” que nunca desistiram e deram mais uma enorme demonstração de valor e querer. Disse, e volto a dizer: com esta atitude, a felicidade estará sempre mais perto.
Meninos, não baixem a cabeça. Continuem a trabalhar, porque – acreditem – o que estão a fazer está a ser reconhecido por todos, mesmo por muitos elementos exteriores ao clube que representam.
O eco do vosso trabalho está a chegar longe!
O Santa Clara jogou com: Rui Oliveira, Tomás Botelho, Ronaldo Mendes, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas.
Jogaram ainda: João Cunha e Gonçalo Cabral.
Não jogou: Gustavo
Recuando, sabíamos de antemão que o Santiago não era fácil. A equipa de Água de Pau tinha vencido o Botafogo por nove a um, o que indicava claramente que o jogo seria tudo menos favas contadas, apesar de acreditar piamente que o podíamos vencer.
Infelizmente, no sábado, tivemos mais um adversário: o tempo. Sabe-se que, devido à fragilidade dos nossos “meninos”, a chuva e o vento complicam ainda mais a situação, e a verdade é que tal se voltou a verificar.
No entanto, apesar disto a nossa equipa foi grande em tudo. Foi enorme em entrega, grande em atitude e querer, e “monstruosa” ao nível da qualidade de jogo, à semelhança aliás do que tinha acontecido, na semana anterior na Ponta Garça.
Conclusão: não vencemos porque, definitivamente, não era o nosso dia.
Assim de cabeça, e para não estar a contar o filme do jogo todo, lembro-me de quatro ou cinco oportunidades claras de golos, duas das quais tiradas em cima da linha fatal, por jogadores do Santiago.
A equipa voltou a jogar como um todo, embora, de quando em vez, tenham havido alguns excessos de individualismo, talvez fruto do querer, a todo o custo, chegar à vantagem. Quando isto acontece, por vezes tenta-se resolver sozinho, o que o colectivo não consegue. Por isto, até se perdoam algumas falhas em momentos que, com outra leitura, poderiam ter tido outra conclusão.
No todo, todavia, a exibição voltou a ser de gala. Os sectores voltaram a funcionar bem, com trocas de bola seguras e feitas em progressão, o que deixava os adversários completamente à nora.
No entanto, como se diz na gíria: quem não marca, acaba por sofrer. Foi o que acabou por acontecer. Perto do final, num livre a meio campo, o jogador do Santiago enviou um balão para a nossa área. O acumulado de jogadores e o facto do esférico se encontrar escorregadio fizeram o resto. Sem nada fazer por isso, o Santiago estava na frente, sem saber ler, nem escrever.
Até ao final, ainda apertamos, lutamos, chutamos, cruzamos, mas de nada valeu. O resultado estava feito e resultava numa enorme injustiça para quem, à chuva e ao frio, tanto lutou para vencer.
Estão de parabéns os nossos “meninos” que nunca desistiram e deram mais uma enorme demonstração de valor e querer. Disse, e volto a dizer: com esta atitude, a felicidade estará sempre mais perto.
Meninos, não baixem a cabeça. Continuem a trabalhar, porque – acreditem – o que estão a fazer está a ser reconhecido por todos, mesmo por muitos elementos exteriores ao clube que representam.
O eco do vosso trabalho está a chegar longe!
O Santa Clara jogou com: Rui Oliveira, Tomás Botelho, Ronaldo Mendes, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas.
Jogaram ainda: João Cunha e Gonçalo Cabral.
Não jogou: Gustavo
quarta-feira, 24 de março de 2010
Santiago às 12h30 de sábado
Já tinha sido indicado na passada semana, mas volto a confirmar: o jogo com o Santiago, do próximo sábado, é às 12h30 do próximo sábado, no Jácome Correia. Depois de algumas semanas fora, regressamos a casa com a motivação do resultado, e sobretudo da exibição, do passado fim-de-semana. Já me informaram que com o Santiago não será fácil. No entanto, com querer e atitude porque não haveremos de vencer? A palavra final será dos "meninos". A nós cabe-nos torcer para que tudo corra bem e para que sábado, independentemente de tudo o resto, nos possamos divertir. Afinal, o futebol é uma festa. Oxalá todos compreendessem isto...
segunda-feira, 22 de março de 2010
O poder do colectivo
A exibição dos nossos “meninos” no passado sábado, na Ponta Garça, esteve perto da perfeição. Quando se joga daquela forma, para quem tem a missão de descrever os factos, é difícil não adjectivar a crónica em demasia. Sinceramente, aquilo que se viu frente ao Botafogo foi do melhor a que assisti ao nível de futebol de formação nos últimos tempos.
No entanto, nada acontece por acaso. Há algumas semanas que os responsáveis pelas Escolas B esperavam esta resposta dos atletas. É para isso que o trabalho tem sido desenvolvido e, passados que são alguns meses desde o início desta caminhada, o fruto do esforço que tem sido feito, a vários níveis, apareceu em larga medida.
De pouco servirá, contudo, agora nos colocarmos bicos de pés. Agora, como quando perdemos com o Santo António, esta equipa não é a melhor, nem é a pior. Meus “meninos”, as coisas saíram bem, sim. Mas, este resultado mais não é do que o corolário do vosso esforço. Esta equipa é uma coisa com atitude e querer, e é uma coisa completamente diferente quando a garra desaparece e o individualismo ultrapassa o colectivo.
No sábado, jogámos como equipa. Ninguém pensou no “eu” primeiro do que no “nós” e quando assim é tudo fica mais fácil. O colectivo deve estar sempre antes das individualidades, embora sejam estas que dêem corpo à equipa. Na Ponta Garça foi assim e, quiçá o mais difícil, será manter esta bitola.
Frente ao Botafogo, saímos com a clara sensação de que tudo foi bom. Foi bonita a festa no final. Ao longo do jogo, cheguei a arrepiar-me com algumas jogadas, de tão bem desenvolvidas que foram, e não posso de deixar de dar uma palavra à nossa claque. Que bonito foi ouvir gritos como “Santa” … “Clara”. Um cenário perfeito, sem dúvida, numa tarde de sol a fazer lembrar os bonitos dias de Agosto.
Voltemos atrás. Contemos os factos. Chegávamos à Ponta Garça vindos de uma derrota pesada nas Furnas, no fim-de-semana anterior, num jogo em que as condições atmosféricas nos prejudicaram em demasia.
Sabíamos que, frente ao Botafogo, o jogo iria ser equilibrado. Era, pelo menos, isto que nos diziam os resultados anteriores. Tudo dependeria da forma como os “meninos” encarassem o desafio. E que boa resposta deram.
Entramos mal no jogo. Aos dois minutos já perdíamos, fruto de uma desconcentração colectiva. Ai meu Deus, pensei.
No entanto, rapidamente o cenário se alterou. Os nossos jogadores soltaram-se e de que maneira. O jogo começava a sair fluído, com trocas de bolas perfeitas entre os vários sectores. A bola começava a rondar a baliza do Botafogo e prometia entrar, mais cedo ou mais tarde. Os jogadores da Ponta Garça começavam a desesperar, enquanto os nossos “embalados” pela onda os sufocavam. Ufa, pensava, este domínio vai acabar em golo. E, claro está, foi o que acabou por acontecer.
Não satisfeitos, os nossos meninos continuavam em cima do adversário. Banco e claque gritavam até à exaustão. O esférico, contudo, não entrava. Ao intervalo, o empate era injusto, tal o caudal ofensivo desenvolvido.
O receio era que a equipa deixasse de acreditar. Foi isto que lhes foi dito: mantenham a mesma atitude e vontade.
O colectivo continuava a ditar leis. A bola saia sempre a jogar da defesa, passava pelo meio campo, onde os extremos abriam, qual realejo, para a receber. Depois, o ataque movimentava-se como de uma equipa mais velha se tratasse. Sentia-se que se estava perto a assistir a um momento marcante da época. E…, quebrou-se o enguiço. O segundo golo foi como o soltar das amarras. A partir daí vimos um conjunto de meninos em perfeito uníssono. A bola era tratada com destreza e leveza. Os golos foram surgindo e a festa foi-se adensando.
Ganhámos por cinco a dois, mas poderiam ter sido muitos mais, tal foi a diferença ao longo dos 50 minutos. Os “meninos”, técnicos e directores abraçavam-se. A claque rejubilava. Não ganhámos o campeonato, longe disso, mas ganhámos uma equipa.
Estão de parabéns os atletas, porque tal alegria só por eles foi-nos proporcionada.
Resta continuar com a mesma atitude. Na Ponta Garça estiveram bem, talvez até perfeitos, agora é manter esta garra e postura. Porque assim, a alegria estará sempre mais perto.
O Santa Clara jogou com: João Cunha, Tomás Botelho, Gonçalo Cabral, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas.
Jogaram ainda: Rui e Ronaldo Mendes.
No entanto, nada acontece por acaso. Há algumas semanas que os responsáveis pelas Escolas B esperavam esta resposta dos atletas. É para isso que o trabalho tem sido desenvolvido e, passados que são alguns meses desde o início desta caminhada, o fruto do esforço que tem sido feito, a vários níveis, apareceu em larga medida.
De pouco servirá, contudo, agora nos colocarmos bicos de pés. Agora, como quando perdemos com o Santo António, esta equipa não é a melhor, nem é a pior. Meus “meninos”, as coisas saíram bem, sim. Mas, este resultado mais não é do que o corolário do vosso esforço. Esta equipa é uma coisa com atitude e querer, e é uma coisa completamente diferente quando a garra desaparece e o individualismo ultrapassa o colectivo.
No sábado, jogámos como equipa. Ninguém pensou no “eu” primeiro do que no “nós” e quando assim é tudo fica mais fácil. O colectivo deve estar sempre antes das individualidades, embora sejam estas que dêem corpo à equipa. Na Ponta Garça foi assim e, quiçá o mais difícil, será manter esta bitola.
Frente ao Botafogo, saímos com a clara sensação de que tudo foi bom. Foi bonita a festa no final. Ao longo do jogo, cheguei a arrepiar-me com algumas jogadas, de tão bem desenvolvidas que foram, e não posso de deixar de dar uma palavra à nossa claque. Que bonito foi ouvir gritos como “Santa” … “Clara”. Um cenário perfeito, sem dúvida, numa tarde de sol a fazer lembrar os bonitos dias de Agosto.
Voltemos atrás. Contemos os factos. Chegávamos à Ponta Garça vindos de uma derrota pesada nas Furnas, no fim-de-semana anterior, num jogo em que as condições atmosféricas nos prejudicaram em demasia.
Sabíamos que, frente ao Botafogo, o jogo iria ser equilibrado. Era, pelo menos, isto que nos diziam os resultados anteriores. Tudo dependeria da forma como os “meninos” encarassem o desafio. E que boa resposta deram.
Entramos mal no jogo. Aos dois minutos já perdíamos, fruto de uma desconcentração colectiva. Ai meu Deus, pensei.
No entanto, rapidamente o cenário se alterou. Os nossos jogadores soltaram-se e de que maneira. O jogo começava a sair fluído, com trocas de bolas perfeitas entre os vários sectores. A bola começava a rondar a baliza do Botafogo e prometia entrar, mais cedo ou mais tarde. Os jogadores da Ponta Garça começavam a desesperar, enquanto os nossos “embalados” pela onda os sufocavam. Ufa, pensava, este domínio vai acabar em golo. E, claro está, foi o que acabou por acontecer.
Não satisfeitos, os nossos meninos continuavam em cima do adversário. Banco e claque gritavam até à exaustão. O esférico, contudo, não entrava. Ao intervalo, o empate era injusto, tal o caudal ofensivo desenvolvido.
O receio era que a equipa deixasse de acreditar. Foi isto que lhes foi dito: mantenham a mesma atitude e vontade.
O colectivo continuava a ditar leis. A bola saia sempre a jogar da defesa, passava pelo meio campo, onde os extremos abriam, qual realejo, para a receber. Depois, o ataque movimentava-se como de uma equipa mais velha se tratasse. Sentia-se que se estava perto a assistir a um momento marcante da época. E…, quebrou-se o enguiço. O segundo golo foi como o soltar das amarras. A partir daí vimos um conjunto de meninos em perfeito uníssono. A bola era tratada com destreza e leveza. Os golos foram surgindo e a festa foi-se adensando.
Ganhámos por cinco a dois, mas poderiam ter sido muitos mais, tal foi a diferença ao longo dos 50 minutos. Os “meninos”, técnicos e directores abraçavam-se. A claque rejubilava. Não ganhámos o campeonato, longe disso, mas ganhámos uma equipa.
Estão de parabéns os atletas, porque tal alegria só por eles foi-nos proporcionada.
Resta continuar com a mesma atitude. Na Ponta Garça estiveram bem, talvez até perfeitos, agora é manter esta garra e postura. Porque assim, a alegria estará sempre mais perto.
O Santa Clara jogou com: João Cunha, Tomás Botelho, Gonçalo Cabral, Hugo Laranja, João Martins, Henrique Farias e Lucas.
Jogaram ainda: Rui e Ronaldo Mendes.
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